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Published byDaniela César Aleixo Modified over 8 years ago
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A evolução histórica da CI e suas relações com a Arquivologia, a Biblioteconomia e a Museologia UFMG – ECI Fundamentos Teóricos da Informação Professor: Carlos Alberto Ávila Araújo 31 de agosto de 2011
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a) Cristina Ortega – Relações históricas entre Biblioteconomia, Documentação e CI Relação específica B&CI – passando por D Dimensões envolvidas entre essas áreas: históricas (épocas distintas), geográfico- culturais (diferentes países), profissionais, tecnológicas e, por fim,epistemológicas, Estudos e práticas distintas – ora independentes, ora em conflito, ora em situações de dominação e/ou assimilação
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1. Biblioteconomia Surge com as primeiras evidências de organização de documentos segundo seus conteúdos Primeiras coleções: 3000 a.C., Ebla (organização sistemática) 2000 a.C., representações dos documentos para sua recuperação Séc III a.C., Alexandria – tentativa de abrigar a totalidade do conhecimento humano registrado
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Idade Média – bibliotecas das universidades e grandes coleções da nobreza Até então, bibliotecas, arquivos e museus eram praticamente a mesma entidade, pois lidavam com todos os tipos de documentos Séc XVII, conceito de biblioteca pública moderna (acervos gerais, acesso gratuito) – marca a Modernidade da atividade, e não o conjunto de processos 1627, Naudé: primeiros princípios da Biblioteconomia moderna Termo “Biblioteconomia” pela primeira vez em 1839 – arranjo, conservação e administração de bibliotecas
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2. Bibliografia Atividade de organização dos conteúdos dos documentos Primeiras bibliografias relevantes – séc XV, Gesner; Tritheim, séc XVI; catálogos de bibliotecas; precursores das bibliografias nacionais Elaboração de bibliografias – origem da Documentação
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Catalogação (Código Nacional, França, 1791; “91 regras” em 1841; Jewett, 1850, centro nacional de bibliografia, catálogo coletivos dos acervos); classificação (Dewey, 1876; Cutter, 1901); fichas padronizadas 1850, importância dos periódicos, necessidade de tratamento para recuperação (antes, modelo monográfico para catalogação e classificação) Essa tarefa passou a ser feita pelos documentalistas ALA, 1876 – análise de assunto de artigos de periódicos e criação de índices coletivos Biblioteca deixou de tratar parte da literatura, reduziu-se à custódia de documentos (daí fraco crescimento intelectual e ênfase no burocrático)
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2.1. Divergências com a Biblioteconomia Até então, ambas inseparáveis (mesmas fichas, CDD, etc) Bibliografia (Documentação), e também Arquivologia, queriam fazer análises de conteúdo mais profundas Biblioteconomia “desviou” atenção da análise e representação de documentos para a criação e disseminação de bibliotecas públicas (Iluminismo, Mercantilismo, Rev. Industrial – democratização da cultura) – função “educativa”
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Documentalistas adotaram técnicas da Biblioteconomia e as aperfeiçoaram Segmentação das associações: 1908, grupo sai da ALA e cria a SLA (depois representarão a Documentação, com a ADI em 1937, e a CI, com a ASIS&T, 1968) Por quatro séculos, Biblioteconomia e Bibliografia foram quase sinônimos; depois, cisão, e esta foi precursora da Documentação Nela, pessoas de outras áreas Maior preocupação: conteúdos dos documentos
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3. Documentação Contexto: atividade dos documentalistas simultânea à das bibliotecas públicas Final séc XIX, Otlet e La Fontaine: Documentação (no lugar do que antes era a Bibliografia, e precursor da CI) Projeto universalista: armazenar e representar todo o conhecimento humano; necessidade de cooperação internacional 1895, I Conferência Internacional de Bibliografia – criação do IIB (pioneiro na área de informação), alterado para IID em 1931 e para FID em 1938
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Criação da CDU, tentativa de RBU, centros de informação científica, fichas Em 1934, 16 milhões de entradas Crítica às bibliotecas: políticas de seleção, resistência às inovações, não prestação de serviços de informação Promoção da paz – bases técnicas e políticas Obras: Otlet 1934, Frank 1946, Bradford 1947, Briet 1951 No Brasil: 1899 um membro; 1900 adoção da CDU; 1911 Serviço de Bib e Doc; rechaçada após 1930 pela influência dos EUA Atualmente, FID reestruturado, 1992, Consórcio CDU, 1995 Resolução de Tóquio
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4. A Biblioteconomia nos EUA, no final do séc XIX Divisão de interesses entre as bibliotecas públicas (expansão) e os processos documentários (inovações, microfilmagem) Influência Univ. Chicago, déc 1930: deslocamento do foco dos processos técnicos para a função social da biblioteca Butler, 1933: não referencia gestão, técnicas, tecnologia, nem Cutter, Dewey, Bliss Documentalistas envolvidos mais com organização e serviços de biblioteca – movimento das bibliotecas especializadas, influência européia após 1930
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5. A Ciência da Informação Atividades dos cientistas da informação Contexto de separações, entre Biblioteconomia especializada e Documentação Oposição a Chicago, interesse por tecnologia: MIT, Bush, 1945 – recuperação da inf França, pós I Guerra: bibliotecas públicas (infl. EUA) mas também serviços especializados (infl. Otlet); grande divisão entre bibliotecários e especialistas – CDIs CI vista como ameaça pelos bibliotecários
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Ao mesmo tempo, inclusão de elementos da CI nos currículos de Biblioteconomia nos EUA, desde déc 1960 Pinheiro: CI começou com informação científica, depois ampliou para outras Adoção do termo já em 1958,com a criação do IIS; em 1968, mudança da ADI para ASIS&T; depois, escolas de Biblioteconomia Outras denominações: Informatologia (Suécia, 1962), Informatika (URSS, Mikhailov)
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6. Síntese Biblioteconomia: origem com conservação, depois organização e, depois, acesso 1850, ruptura com Bibliografia (periódicos), surgimento da Documentação, preocupação com o conteúdo dos documentos e em diferentes suportes Opção pelas bibliotecas públicas e predomínio da Univ. Chicago Outra ruptura na década de 1950 com a tecnologia computadorizada
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Parte do conflito B e CI – continuidade do conflito entre Documentação e Biblioteconomia Nos EUA, rejeição à Documentação, rápida adesão ao termo CI; na França e Espanha, ainda hoje, Documentação é um termo forte No Brasil, infl. EUA, pouco impacto da Documentação, adesão rápida à CI Hoje, perspectiva de integração: acúmulo das práticas da Biblioteconomia, das técnicas desenvolvidas pela Documentação e dos avanços epistemológicos da CI
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b) Tefko Saracevic – CI: origem, evolução e relações Três características: interdisciplinar por natureza; ligada inexoravelmente à TI; parrticipante da sociedade da inf (dimensão humana) Área nova, origem pós-II Guerra, V. Bush 1945 – problema (explosão informacional) e solução (ajuste tecnológico) Governos e empresas, programas estratégicos – C&T, inf como insumo
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Wersig e Nevelling, 1975: responsabilidade social Recuperação da informação: testes experimentais, realizações práticas, causas, efeitos, variáveis (déc. 50 e 60) Resultado: produtos e serviços Déc 60 – conceitos e subáreas (teoria da informação, usuários, bibliometria) Déc 70, questão cognitiva, usuários
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1. Relações interdisciplinares Biblioteconomia: efetivo uso dos registros (campos diferentes com forte relação interdisciplinar) Computação: complementares (algoritmos que transformam informações) C. cognitivas: modelos para as inovações Comunicação: fenômeno e processo
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2. Pressões sobre a CI Imperativo tecnológico: relação H/M questão não resolvida, ponto fraco, CI tem oscilado (busca de equilíbrio) Critérios de eficácia, relevância, qualidade Ecologia informacional: os vários atores e seu isolamento na cadeia A necessidade da CI: os problemas existem, independente do campo
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c) Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia – Johanna Smit Divisões consolidadas pela tradição, ênfase nas diferenças Não nasceram separadas Paradigma do acervo, do estoque (livros; documentos adm; objetos) Mudança de paradigma: do acervo para os usuários; do estoque para a função e o uso Não desconhece o documento mas o subordina ao uso
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Distinção entre instituições deixa de ser procedente Discussão colocada mas não se infiltrou Ex: necessidades não são separadas Três processos: a)Gestão da memória b)Produção da inf documentária (meio; já foi considerada fim em si) c)Mediação da inf O que une as três? Inf – teorias e princípios comuns
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