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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS PROF. MAURO PEREIRA DE MELLO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Cartográfica FEN – 08 - 05146 ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I Evolução do Pensamento Cartográfico ©Mauro Pereira de Mello - 2005 A Cartografia Renascentista O Revivescer de PTOLOMEU – As transformações Cartográficas. Geométricas: Escala e representação. Cognitivas A Impressão – GUTEMBERG Protocartografia Representação e Estruturas Espaciais A Descrição de Lugares – Informação Geográfica A Representação Cartográfica nas Civilizações Primitivas
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I Evolução do Pensamento na Cartografia A Cartografia Contemporânea ©Mauro Pereira de Mello - 2005 A Cartografia Moderna Os Aerolevantamentos e o Sensoriamento Remoto – A Fotogrametria A Evolução da Imprensa – os Plásticos A Cartografia Temática A Automação dos Processos de Produção Cartográfica A Socialização da Informação Geográfica A Evolução da Imprensa A Evolução dos Levantamentos Terrestres A Cartografia Oficial ou Cartografia Sistemática A Cartografia a cargo dos Estados Nacionais
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I “A realidade é inesgotável; o real é irredutível ao saber. Há sempre algo de novo sob o sol. O movimento pelo qual a humanidade existe, é sempre um tanto surpreendente; vai além de todas as explicações que elaboramos para ele." [LEANDRO KONDER - O RISO DA RAZÃO (O GLOBO, 21/10/1993)] Os objetos geográficos, submetidos à dinâmica construtivista do espaço geográfico, ditada pelos fatos e fenômenos naturais e sociais, são apreendidos pelo cartógrafo, para em seqüência serem transformados, por meio de caprichosa construção intelectual, em objetos cartográficos, agora subordinados à metrificação e ao grafismo que caracterizam a representação em mapas e cartas. Aqui há que se destacar não serem os objetos geográficos, ou a fenomenologia geográfica, esgotáveis em uma representação, gráfica ou digital. A transformação dos objetos geográficos, conduzida pelo cartógrafo em busca da mais adequada representação gráfica ou digital, favorecerá uma visão simplificada da realidade, restrita aos aspectos relevantes à elaboração da informação pretendida em um particular processo de análise do espaço geográfico. ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I A produção do documento cartográfico, independente do enfoque a que se subordine a doutrina cartográfica, implica em se ter que lidar com transformações do conhecimento que reflitam a apreensão da realidade geográfica pelo cartógrafo, de um lado, e a percepção, pelo usuário de outra parte, da idealização ou modelagem gráfica pretendida com a representação. Dessas transformações, uma, de natureza geométrica, caracteriza a representação como cartográfica, aquela que garantirá a reprodução das relações espaciais entre os objetos geográficos, descrevendo as funcionalidades do espaço geográfico. A escala, enquanto a relação homotética entre os objetos geográficos e os objetos cartográficos, e o sistema de representação geométrica, a projeção cartográfica, que assegura a correspondência posicional dos objetos cartográficos com relação à superfície terrestre, traduzem essa transformação geométrica do espaço geográfico no domínio da representação cartográfica. A cartografia contemporânea completa-se na investigação e na representação da complexa e variada temática que descreve a realidade por meio de modelos cartográficos: os globos, os mapas, as cartas, as plantas, os perfis e as representações tridimensionais ou blocos-diagramas, dentre outras variedades de documentos cartográficos permanentes ou temporários. ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I No ano de 1949, em Reunião do Conselho Econômico e Social da ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, destacava-se o importante papel a ser desempenhado pela Cartografia, em grande parte ainda hoje não plenamente realizado e por muitos não visualizado, como elemento construtivo do mundo contemporâneo, lavrando-se em Atas e Anais:[1][1] [1] ONU, Department of Social Affair – MODERN CARTOGRAPHY – BASE MAP FOR WORLD NEEDS. Lake Success, New York, United Nation Pub., 1949, 95p. “Cartography – in the broadest sense of word is not only one of the primary tools of economic development but it is the first tool to be used before the other tools can be put to work.” ©Mauro Pereira de Mello - 2005 "CARTOGRAFIA - no sentido amplo da palavra, não é apenas o instrumento básico para o desenvolvimento econômico, mas sim o primeiro instrumento a ser aplicado, antecedendo a qualquer outro que possa ser empregado." O trabalho cartográfico fundamental de um país confunde-se com o mapeamento do seu território, abordado de forma sistêmica e continuada, que tem no levantamento geodésico o seu referencial e na fotografia aérea, e outras imagens sensoriais, a ferramenta para minudenciar fatos e fenômenos, naturais e sociais, a serem informados e disseminados por meio da linguagem cartográfica. Os Estados necessitam, imperiosamente, realizar esse importante trabalho, de forma regular e de natureza complexa, sem prazo de encerramento e da mais alta significação para o desenvolvimento de qualquer nação. Tarefa ciclópica para os países de grande extensão territorial.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I Antecedendo a uma discussão conceitual mais recente, retomemos os Anais da Reunião do Conselho Econômico e Social da ONU, de 1949, em que um comitê de especialistas então reunidos gravou[1]:[1] ©Mauro Pereira de Mello - 2005 "A CARTOGRAFIA é a ciência da elaboração de todos os tipos de mapas e cartas, envolvendo todas as atividades desde os levantamentos primários à reprodução final das cópias." Este conceito confunde aos cartógrafos desde então; marcando, em particular e significativamente, as discussões teóricas sobre a Cartografia ao longo das recentes décadas de sessenta e setenta. O questionamento básico refere-se à inserção dos “levantamentos primários” (original surveys) no âmbito da Cartografia. O conceito se enquadra entre os enunciados mecanicistas - processo versus produto, implicando sua aceitação em que ao cartógrafo caberiam todos os levantamentos primários que conduzam à construção de uma informação cartográfica. O cartógrafo "enciclopedista", dada à diversidade de conhecimentos que lhe seria exigida para a execução de todos os tipos de levantamentos, contudo, há que se contextualizar, à época e à situação de época, o conceito então gravado.
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Em 1966, sob o patrocínio da ASSOCIAÇÃO CARTOGRÁFICA INTERNACIONAL - ACI, após se ter amplamente discutido as diferentes formas de uso do documento cartográfico e a identificação do perfil profissional daquele que se incumbe de sua elaboração, o cartógrafo, na Conferência Técnica de Amsterdã chegou-se a um enunciado consensual para o conceito de Cartografia, mantido o enfoque mecanicista, produto - processo: PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2005 "A CARTOGRAFIA apresenta-se como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise documental, intervêm na elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação, bem como na sua utilização". Ficam, diante deste enunciado, excluídos do campo da cartografia os levantamentos primários. Enfatiza - se a orientação aos usuários quanto às formas de uso do documento como uma preocupação pertinente ao contexto da Cartografia, o que leva a se considerar a representação cartográfica como uma peça de comunicação entre quem a elabora e quem a utiliza.
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"corpo de idéias logicamente articuladas, metodologia e tecnologia da construção, criação e interpretação de mapas e outras formas de expressão cartográfica, que são suscetíveis de apresentar um conceito correto da realidade". PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2003 Jacente no conceito anterior encontra-se o sentido da comunicação cartográfica, melhor interpretado na enunciação proposta por ARNBERGER, em que comunicação e modelo se associam na caracterização da Cartografia como o A realidade identifica-se com o espaço dos geógrafos, localizável e diferenciado, essencialmente mutável, que se descreve pela intrincada teia de relações entre o natural e o social, espaço real, cuja concreção emerge da consideração do entrecruzamento das maneiras especializadas e parciais de se ver o espaço terrestre. O enunciado se aproxima da idéia de modelo, na medida em que a representação cartográfica, ao passar uma concepção da realidade em linguagem gráfica, os objetos cartográficos, será necessariamente simplificada e esquemática, mantendo com o mundo real uma relação adequada de similitude, a escala, elemento crítico para o cartógrafo, na medida em que esta relação irá ditar as restrições a serem impostas à construção gráfica e os limites para o uso da representação decorrente.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I À Cartografia se atribui sentido eminentemente comunicativo, enquanto processo de difusão do conhecimento; processo construído a partir dos elementos científicos e tecnológicos acumulados em diversos campos do saber, disseminados através da representação cartográfica. Tal fato nos coloca diante de uma outra transformação, implicada no processo cartográfico, que se completa na forma segundo a qual o usuário do documento deduz ou visualiza a informação espacial a partir dos símbolos cartográficos, lembrando-se que a realidade é inesgotável e que a representação cartográfica nos passará sempre uma idéia simplificada da mesma. A Cartografia não se confunde simplesmente com uma técnica, indiferente ao conteúdo que está sendo representado graficamente e veiculado no processo de comunicação. Se a Cartografia pretende representar e investigar conteúdos espaciais por meio de modelos gráficos, não poderá fazê-lo sem o conhecimento da natureza dos fenômenos que estão sendo apresentados, nem sem o apoio das ciências que os estudam. Nesse sentido, há que se considerar uma proposta conceitual de SALICHTCHEV, que abrange a todo o campo da Cartografia, estabelecendo-a como ©Mauro Pereira de Mello - 2005 “a ciência da representação e investigação da distribuição espacial dos fenômenos naturais e sociais, suas relações e suas transformações ao longo do tempo, por meio de representações gráficas, modelos icônicos que reproduzem este ou aquele aspecto da realidade, de forma gráfica e generalizada”.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I A partir do conceito proposto pela ONU em 1949 e por cerca de um quarto de século, se digladiaram os cartógrafos no esforço de construção de um referencial teórico para a Cartografia. O clímax das discussões pode ser situado em meados da última década de setenta, quando se identificava um espectro relativamente amplo de tendências teórico-filosóficas, que disputavam a hegemonia no meio acadêmico e no ambiente da produção cartográfica. Na época falava-se em "escolas cartográficas", distinguindo-se: a da comunicação; a da lingüística; a da modelagem e a da semiótica ou simbolização. ©Mauro Pereira de Mello - 2005 Hodiernamente reconhece-se que embora os enfoques adotados, ao menos em suas enunciações iniciais, fossem antagônicos e até mesmo contraditórios, não passavam de tratamentos diferenciados para os mesmos aspectos teóricos. A radicalização dos anos setenta foi substituída por um enfoque holístico, integrador das diferentes correntes da Teoria Cartográfica. Como conceito unificado das tendências teoréticas do passado e para os atuais encaminhamentos quanto à evolução da Cartografia, ganha aceitação aquele que a identifica com o campo do conhecimento humano que estuda a representação gráfica das superfícies planetárias, em particular da superfície terrestre, com suas componentes e eventos relacionados, a partir da consideração do significado teórico, construção, análise e interpretação desta representação.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I O campo teórico ou Teoria Cartográfica se ocupa da representação gráfica enquanto móvel de um processo que pode ser o da modelagem gráfica; o da comunicação interpessoal; o da linguagem gráfica; e o da cartometria ou cartografia matemática. Entendendo-se a modelagem como o tratamento da representação gráfica enquanto um modelo para a compreensão da realidade, sendo esta realidade confundida com o espaço geográfico, suas propriedades, formas de organização e evolução. Sob a ótica da comunicação, a representação gráfica dá forma a um processo de comunicação interpessoal que tem como atores o cartógrafo e o usuário, e como objeto da comunicação a realidade apreendida e graficamente modelada pelo primeiro. A estrutura gráfica, ou as características semiológicas dos símbolos fixa a tônica para os estudos da representação gráfica enquanto linguagem. A teoria das projeções, a das transformações geométricas e a da comprovação cartográfica, delimitam os estudos agrupados sob o título de cartografia matemática ou cartometria. ©Mauro Pereira de Mello - 2005 A "praxis" cartográfica se preocupa com a representação gráfica enquanto produto, ou seja, o mapa ou a carta. Engloba a produção, o controle de qualidade ou avaliação, e o uso do documento cartográfico. A produção contempla o planejamento; a programação; a elaboração ou construção; a revisão e a reprodução do documento cartográfico. O controle de qualidade se ocupa da avaliação do documento quanto à precisão posicional; conteúdo; consistência; modelagem gráfica e capacidade de comunicação. O uso envolve a leitura; a análise; e a interpretação do documento cartográfico.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I Dentre os diversos levantamentos necessários à descrição da superfície terrestre em suas múltiplas nuanças, destacam-se os levantamentos geodésicos e topográficos. Os geodésicos mostram-se essenciais na definição dos parâmetros descritores da figura terrestre, ou de qualquer outra figura planetária, e na definição das posições sobre a superfície adotada como referência. Os topográficos voltam-se para a descrição geométrica dos elementos que caracterizam a paisagem, tendo como referencial as famílias de pontos definidos pelos levantamentos geodésicos. Uma multiplicidade de levantamentos especializados são necessários para identificar e descrever toda a gama de fatos ou fenômenos que têm lugar na superfície terrestre. Dentre aqueles voltados para o ambiente natural destacam- se: os geológicos; os pedológicos; os fitogeográficos; os climatológicos e os hidrológicos. Os levantamentos estatísticos, notadamente os demográficos e os econômicos, são essenciais para a descrição, a idealização e o estabelecimento das correlações sociais e econômicas. ©Mauro Pereira de Mello - 2005 LEVANTAMENTOS A tomada de medidas, a realização de observações e a coleta de dados ou informações, relativamente à superfície terrestre ou aos elementos que configuram a realidade que a tomam por palco, objetivando a elaboração de uma informação cartográfica, caracterizam um LEVANTAMENTO.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2005 LEVANTAMENTOS QUADRO ( I ) CLASSIFICAÇÃO DOS LEVANTAMENTOS CHAVESCLASSES DE LEVANTAMENTOS Relação com o TerrenoDiretoIndireto Natureza dos Processos GeométricoFísicoDescritivoEstatístico
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I SocialIndustrialde Serviços ComercialAgropecuárioDemográficoEstatística EcológicoAgronômicoUso da Terra OceanográficoHidrológicoFitogeográfico PedológicoGeomorfológicoGeológicoDescritiva Espectrográfico SísmicoMagnéticoGravimétricoFísica Radargramétrico FotogramétricoTopográficoGeodésicoGeométrica VariedadesNATUREZA DOS PROCESSOS VARIEDADES DE LEVANTAMENTOS QUADRO II ©Mauro Pereira de Mello - 2005 LEVANTAMENTOS
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I O mapeamento se caracteriza pela seqüência dos processos de tratamento de uma coleção de dados dotados de espacialidade e métrica, com o objetivo de se obter uma representação gráfica vinculada a uma superfície planetária. Representação que se estrutura na correspondência entre os objetos geográficos e cartográficos, a partir da associação de símbolos e outros recursos gráficos que conformam a linguagem cartográfica. Partindo do entendimento conceitual de Cartografia, como proposto pela Associação Cartográfica Internacional, a execução dos levantamentos não se insere no processo cartográfico, embora este se inicie no colecionamento, na organização lógica e na análise dos resultados facilitados por essas atividades. O levantamento pode ser desenvolvido sem que os dados resultantes sejam expressos em linguagem cartográfica, embora a representação cartográfica se constitua em uma das formas mais eficazes de comunicar o tema abordado, seja pela simples apresentação dos resultados, quanto por meio da veiculação de conclusões emergentes das análises ou do estabelecimento das relações entre diversos temas. ©Mauro Pereira de Mello - 2005 MAPEAMENTO
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2005 LEVANTAMENTOS Seleção Organização Simplificação Simbolização MAPEAMENTO REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA Leitura Interpretação Análise USO Generalização Colecionamento Classificação DEMANDA
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I VARIEDADES DA REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA. DE SÍNTESE ESTATÍSTICA. QUANTITATIVA OU (maior do que 1:25.000) DE INVENTÁRIO CADASTRAL DE NOTAÇÃO OU. QUALITATIVA OUTEMÁTICA (de 1:25.000 a 1:250.000)AERONÁUTICA TOPOGRÁFICANÁUTICAESPECIAL TOPOGRÁFICA (menor do que 1:1.000.000)PLANO - ALTIMÉTRICA OU COROGRÁFICAALTIMÉTRICADE REFERÊNCIA GEOGRÁFICA OUPLANIMÉTRICAGERAL OU QUANTO A ESCALAQUANTO AOS ELEMENTOS DA REPRESENTAÇÃO QUANTO AOS TIPOS DE REPRESENTAÇÃO QUADRO III ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I ©Mauro Pereira de Mello - 2005 A palavra mapa tem a sua origem identificada na idade média, na civilização ocidental, quando era empregada exclusivamente para designar as representações terrestres. Uma definição concisa para o mapa está associada à idéia de uma representação reduzida e plana da superfície planetária Mapa A Sociedade Brasileira de Cartografia - SBC, em registros da 1ª Reunião de Consulta sobre Cartografia, ocorrida em 1958, na cidade de Curitiba, assinala o mapa como sendo “a representação plana, geralmente em escala pequena, de uma parte ou de toda a superfície da Terra, definida por limites naturais, políticos ou administrativos”. Ganha significado o entendimento de que o mapa é a representação singular, no plano, de um trecho ou do todo de uma superfície planetária. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, através da PNB- 63/1961, deve-se entender o mapa “como a representação da Terra nos seus aspectos geográficos - naturais ou artificiais - que se destina a fins culturais e ilustrativos”. Os dois conceitos têm em comum o entendimento do mapa como uma representação plana, em escala pequena, sendo, do ponto de vista técnico, o conceito sugerido pela Sociedade Brasileira de Cartografia mais minudente e próximo do emprego corrente do vocábulo.
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I A partir do século XIV, os mapas marítimos passaram a ser denominados cartas, vocábulo de origem grego-egípcia ( ) introduzido pelos portugueses para denominar a representação gráfica de uma parte ou do todo da superfície terrestre - cartas de marear. Carta ©Mauro Pereira de Mello - 2005 A Sociedade Brasileira de Cartografia, no evento de 1958, a enunciava a carta como a “representação plana, geralmente em média ou grande escala, de uma superfície da Terra subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecido um plano nacional ou internacional”. Estabelecia a ABNT, ainda por meio da PNB-63/1961, que como carta entendia-se a “representação dos aspectos naturais e artificiais da Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação de direções, distâncias e a localização geográfica de pontos, áreas e detalhes”. Aceitavam as duas entidades que a carta se caracterizava pela escala média ou grande, sendo que o conceito lavrado pela Sociedade Brasileira de Cartografia, se mostra mais oportuno, ao reconhecer a carta como uma representação múltipla, desdobrada em folhas. Para nós esta é a única distinção que deve ser procedida quanto aos dois vocábulos, mapa e carta; enquanto a primeira representação é singular a segunda é plural, não sendo a escala o elemento adequado à distinção e muito menos o conteúdo ou a utilização da representação.
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Física Astronomia Matemática Globos Mapas Cartas Blocos Perfis PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Capítulo I CARTOGRAFIA Engenharias Geociências ©Mauro Pereira de Mello - 2005
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