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Published byLuiz Eduardo Garrau Castelhano Modified over 8 years ago
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Prof. Helton Chaves A América Inglesa e a Independência das Treze Colônias
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As Treze Colônias Inglesas Colonização Motivações: - Buscar novas riquezas e novos mercados; - Consequências das perseguições: I. Políticas e Religiosas: os calvinistas (chamados de puritanos) tentaram fugir das perseguições impostas pela Monarquia Anglicana; II. Sociais: êxodo rural e desemprego; III. Econômicas: Companhias de comércio – “servidão de contrato”.
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As Treze Colônias Inglesas O dia da ação de Graças ou “Thanksgiving Day”: - Feriado mais popular nos Estados Unidos; - Comemorado na quarta quinta-feira do mês de novembro; - Tradicionalmente é comemorado com refeições familiares (peru assado, vegetais e abóbora); Origem do feriado: - Está relacionado aos pioneiros que fundaram a comunidade de Plymouth, no século XVII. Saíram da Inglaterra num navio chamado de Mayflower, após dois meses desembarcaram na América do Norte e só sobreviveram graças a comida oferecida pelos indígenas de wampanoag. Pintura da primeira celebração de Ação de Graças. O Thanksgiving Day transformou-se em um tradição de lembrar as origens do povo americano, de agradecer as graças recebidas, o alimento e a união entre as pessoas. A comemoração é feita com pratos à base de milho, abóbora, ervilha, carne de veado e aves).
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As Treze Colônias Inglesas Diferenças entre as colônias inglesas: I. Colônias do Sul: adotou um sistema de plantation baseado no plantio de gêneros tropicais (ex.: algodão) para a exportação, com mão de obra escrava africana. II. Colônias do Norte e do Centro: formaram minifúndios policultores e desenvolveram o artesanato e manufaturas para o consumo próprio e para o comércio interno.
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As Treze Colônias Inglesas O comércio triangular inglês : Funcionamento: - Envolvia as colônias do norte, as Antilhas e a África, sem a interferência da metrópole; - Colônias do norte: vendiam produtos manufaturados, alimentos e óleo de baleia às Antilhas; também vendiam rum à África; - Antilhas: vendiam o melaço e ouro para as Colônias do Norte; - África: vendia escravos para as Antilhas e também para as colônias do sul;
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As Treze Colônias Inglesas Administração das Colônias Características: - As colônias inglesas gozavam de uma relativa autonomia administrativa e econômica. - A Coroa inglesa nomeava o governador de cada colônia. - Cada colônia tinha um Conselho (nomeado pelo rei) para votar leis. - Cada colônia tinha uma Assembleia (escolhida pelos colonos), que votava o orçamento e ratificava as leis e atos do Conselho. - Uma das características políticas mais significativas da formação dos Estados Unidos foi o self government (governar a si próprio/autogoverno), instituído durante a colonização inglesa. Confronto Cultural “O que é comum a todos não pertence a ninguém. Este povo selvagem mandava sobre vastas terras sem títulos nem propriedade. (...) Deus todo-poderoso, em sua mais santa e sábia providência, dispõe que na condição humana de todos os tempos uns haverão de ser ricos e outros pobres, uns altos e eminentes no poder e dignidade, e outros medíocres e submetidos”. (Jonh Winthrop apud GALEANO. Nascimentos, 1983, p. 258-259) Obs.: Os inglesas invadiram territórios e dizimaram os povos indígenas por meio da guerra ou da transmissão de doenças.
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A Inglaterra e a rigidez tributária nas Treze Colônias Motivos: I. A concorrência que as mercadorias norte- americanas faziam às inglesas no mercado externo. II. A Guerra Franco-Índia (1754): iniciada quando os colonos norte-americanos invadiram as terras indígenas situadas além dos Montes Apalaches provocando a reação dos franceses que lá viviam e dos indígenas aliados a eles. III. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763): motivada pela disputa entre a França e Inglaterra por terras situadas na África, Ásia e na América do Norte. IV. A Inglaterra, apesar de vencer as duas guerras, saiu delas financeiramente abalada. V. A Inglaterra, para recuperar-se financeiramente, aumentou os impostos pagos pelos habitantes das Treze Colônias. Batalha de Kolin na Guerra dos Sete Anos (1757).
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A Inglaterra e a rigidez tributária nas Treze Colônias Leis opressivas inglesas às Treze Colônias - Lei do Açúcar (1764): aumentava impostos que os colonos norte-americanos deviam pagar sobre o melaço, o vinho, o café, a seda e o linho nos seus portos. Também obrigava os colonos a comprar melaço (para fazer rum) das Antilhas inglesas. - Lei do Selo (1765): determinava que todos os contratos, jornais, cartazes, cartas e certidões que circulavam nas Treze Colônias deviam receber um selo, comprado do governo inglês. - Lei do Chá (1773): a Inglaterra entregou à Companhia das Índias Orientais, sediada em Londres, o controle sobre a venda do chá para as Treze Colônias. Gravura de Paul Revere representando o Massacre de Boston, publicada em 1770.
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A Inglaterra e a rigidez tributária nas Treze Colônias “A partir dos anos 1760, foram impostas várias taxações. Foram criados a Lei do Açúcar, a Lei do Selo e os impostos sobre chá, papel, tintas, chumbo e vidro. A Lei do Selo determinava que todos os jornais e documentos legais e até mesmo cartas de baralho deveriam pagar um tributo e receber um selo estampado pelo governo para comprovar o recolhimento da taxação. O principal efeito dessas medidas foi a indignação dos grandes comerciantes e de toda a população, que se viu prejudicada com a iniciativa despótica. Assim, aconteceram vários conflitos, dando mostras da reação às taxações impostas”. (CABRINI & CATELLI & MONTELLATO, História Temática: o mundo dos cidadãos, 2008). Gravura de Paul Revere representando o Massacre de Boston, publicada em 1770. Esse acontecimento reforçou o lema “Sem representação não há taxação”.
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A Inglaterra e a rigidez tributária nas Treze Colônias Festa do Chá em Boston (Boston Tea Party) 1773 Foi uma reação dos colonos norte- americanos as leis opressivas, especialmente a Lei do Chá (1773). Estratégias: Disfarçados de índios Mohawk, cerca de 150 colonos invadiram três navios ingleses no porto de Boston e atiraram o chá ao mar.
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A Inglaterra e a rigidez tributária nas Treze Colônias Leis Intoleráveis (1774): Em resposta ao episódio do Chá, a Inglaterra decretou um conjunto de leis que os colonos norte-americanos consideraram intoleráveis. Determinações : 1. Fechamento do porto de Boston até que os colonos pagassem os prejuízos causados com o derramamento do chá no mar. 2. Ocupação de Massachusetts pelo exército inglês. 3. Julgamento dos colonos rebelados por tribunais ingleses. 4. Suspensão das reuniões das colônias em Massachusetts. 5. Impedimento de toda e qualquer manifestação pública contra a metrópole. Esta caricatura britânica representando as leis como uma violação de Boston personificada foi rapidamente copiada e distribuída por Paul Revere em todas as colônias.
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O movimento de independência Primeiro Congresso Continental da Filadélfia (1774) - Os representantes das colônias redigiram um protesto contra as leis intoleráveis. Reação do governo inglês : - Ordenou a destruição de um depósito de armas dos colonos. Consequências : - Os colonos norte-americanos reagiram dando início as Batalhas Lexington e a de Concord (1775), as primeiras guerras pela independência. O primeiro congresso continental, 1774.
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O movimento de independência Segundo Congresso Continental da Filadélfia (1775) - Os representantes das colônias optaram pela independência: conclamou os cidadãos às armas e nomeou George Washington comandante das tropas norte- americanas. 4 de julho de 1776 : - Ficou pronta a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson. A imagem mostra o congresso votando pela independência. A Declaração de Independência – foi inspirada nos escritos de John Locke e Montesquieu e redigido por Thomas Jefferson (1743-1826) – retomou as ideias iluministas de liberdade, igualdade e direito natural. A nova república se implantou com limitações à democracia, pois não adotou o sufrágio universal, e a escravidão continuou em vários estados.
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O movimento de independência “[...] Nós temos essas verdades como evidentes por si mesmas: que todos os homens nascem iguais; que o seu Criador os dotou de certos direitos inalienáveis, entre os quais a Vida, a Liberdade e a procura da Felicidade; que para garantir esses direitos, os homens instituem entre eles Governos, cujo justo poder emana do consentimento dos governados; que, se um governo, seja qual for a sua forma, chega a não reconhecer esses fins, o povo tem o direito de modificá-lo ou de aboli-lo e de instituir um novo governo, que fundará sobre tais princípios e de que ele organizará os poderes segundo as formas que lhe parecem mais próprias para garantir a sua Segurança e a sua Felicidade”. (Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte, 04 de julho de 1776 apud FREITAS, Gustavo de. 900 textos de História.2000, p. 60)
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O movimento de independência A guerra de independência dos EUA: “Patriotas” X “Jaquetas-vermelhas” Batalha de Saratoga (1777): - Vitória dos colonos norte-americanos (“Patriotas”). O apoio externo: - Os colonos norte-americanos tiveram auxílio de armas, soldados e dinheiro da França, Espanha e Holanda. Tratado de Paris (1783): - A Inglaterra reconheceu a independência das Treze Colônias. Nasceu, assim, os Estados Unidos; o primeiro país da América a tonar-se independente. A imagem acima é de autoria de William Walcutt (1854) e mostra o povo de Nova York derrubando uma estátua do rei Jorge III. Na luta por sua independência, os colonos rompem com antigos símbolos.
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O movimento de independência “A luta dos Estados Unidos contra a Inglaterra foi apenas uma ‘guerra de independência’ ou foi uma revolução? [...] Alguns têm procurado ver, na guerra de independência americana, uma revolução [...], outros negam que essa guerra tenha trazido às antigas colônias inglesas profundas modificações econômicas e sociais. O meio termo é a opinião que deve prevalecer”. (GODECHOT, Jacques. As Revoluções: 1770-1799. São Paulo: Pioneira, 1976. Pg. 19). O rompimento dos laços políticos e econômicos com a metrópole baseou-se nos princípios iluministas e deu às ex-colônias o direito de serem Estados livres, com o consentimento dos governados. AQUINO, R.; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. & OSCAR. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 109.
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A Constituição dos Estados Unidos Constituição de 1787 Características: - República federalista e presidencialista. - Federalista: as ex-colônias tornaram- se Estados, ganhando autonomia para criar leis próprias, organizar forças militares e pedir empréstimos no exterior. - Divisão do poderes em: Executivo (presidente da República), Legislativo (Congresso bicameral: Representantes e Senado) e Judiciário (Suprema Corte). A primeira página da Constituição dos Estados Unidos. Lê-se acima a frase “We, the People” (Nós, o povo).
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A Constituição dos Estados Unidos “Nós, o povo dos Estados Unidos, com vistas a formar uma união mais perfeita, ordenamos e estabelecemos a presente Constituição para os Estados Unidos da América. Artigo I Secção I – Todos os poderes legislativos concedidos pela presente lei serão confinados a um Congresso dos Estados Unidos, que se comporá de um Senado e duma Câmara dos Representantes. Artigo II Secção I – O poder executivo é conferido a um Presidente dos Estados Unidos da América. Ficará em funções durante um período de quatro anos, e será eleito (...) Artigo III Secção I – O poder judicial dos Estados Unidos será confiado a um Tribunal e aos tribunais inferiores que o Congresso julgue necessário criar e estabelecer (...).” (Constituição dos Estados Unidos da América. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano Ed. 1976, v.III, p.64). A primeira página da Constituição dos Estados Unidos. Lê-se acima a frase “We, the People” (Nós, o povo).
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Estados Unidos: Uma cidadania limitada Uma cidadania limitada Na Constituição lê-se: “Nós, o povo do Estados Unidos”. Pré-requisitos para cidadania estadunidense: - Homem adulto e branco que possuísse certa renda (da terra ou de investimento). Excluídos da cidadania estadunidense: - Indígenas. - Africanos e seus descendentes. - Mulheres.
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Estados Unidos: Uma cidadania limitada “[...] A independência e a construção do novo regime republicano foi um projeto levado adiante pelas elites das colônias. Escravos, mulheres e pobres não são os líderes desse movimento. A independência norte-americana (EUA) é um fenômeno branco, predominantemente masculino e latifundiário ou comerciante. [...]”. (KARNAL, Leandro. Estados Unidos: da colônia à independência. São Paulo: contexto, 1990, p. 67).
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